Vodca, uísque e gin falsificados: bebidas de SP apreendidas no ES vão ser periciadas
Depósito de bebidas falsificadas é fechado em Cachoeiro e responsável é preso As bebidas falsificadas compradas em São Paulo e apreendidas pela Polícia Ci...

Depósito de bebidas falsificadas é fechado em Cachoeiro e responsável é preso As bebidas falsificadas compradas em São Paulo e apreendidas pela Polícia Civil em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, na tarde desta quinta-feira (2), vão passar por perícia para que sejam identificadas quais substâncias foram utilizadas na produção do material. Análises iniciais feitas ainda no depósito constataram que as garrafas de uísque, vodca e gin não eram originais, ou seja, não foram produzidas com os ingredientes devidos. Além disso, a rotulagem das tampas e dos lacres também apresentava irregularidades. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O responsável pelo depósito onde as bebidas foram encontradas, um homem de 24 anos que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante. Segundo a Polícia Civil, os produtos eram adquiridos em São Paulo. “Essa conduta configura crime contra a saúde pública e por isso mesmo a gente vai adotar todas as providências cabíveis e um exame pericial bem apurado para a gente saber o que estava sendo entregue à população”, afirmou o delegado responsável pela investigação, Rômulo Carvalho. Homem é preso em depósito clandestino que vendia bebidas falsificadas compradas em São Paulo. Exemplos de postagem feitas na rede social pelo suspeito Divulgação/ Polícia Civil LEIA TAMBÉM: QUATRO PESSOAS PRESAS: PF faz operação no ES e no RN contra tráfico de drogas após apreensão de 1,4 t de cocaína VÍDEO: jovem invade consultório e quebra equipamentos em PA de Vitória Ainda de acordo com o delegado, no momento do flagrante, o dono do depósito confirmou que sabia que trabalhava com bebidas falsificadas. “Ele tinha uma venda semanal de 19 a 20 caixas de bebida, de uísque, vodca e gin, cada caixa tem 12 garrafas e ele conseguia distribuir todo esse volume tanto no município de Cachoeiro como nos municípios vizinhos, tanto para pessoas físicas, mas também para bares da região”, indicou o delegado. A investigação começou em julho após uma denúncia da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que identificou indícios de falsificação em postagens feitas nas redes sociais e acionou a polícia capixaba. Consumidor deve desconfiar de preços muito baratos De acordo com o Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírito Santo (Sindbares), o consumidor deve desconfiar de estabelecimentos informais com preços baratos em qualquer circunstância, mesmo que ainda não haja suspeita de intoxicação por metanol no Espírito Santo. “O setor de bares e restaurantes está atento a tudo que vem acontecendo nesta última semana. Estivemos no Procon para reafirmar as práticas rígidas às quais somos submetidos, tanto na compra como no armazenamento de produtos alimentícios e de bebidas”, indicou o presidente do Sindbares, Rodrigo Vervloet. Homem é preso em depósito clandestino que vendia bebidas falsificadas compradas em São Paulo em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo. PCES Investigação continua De acordo com a Polícia Civil as investigações vão continuar em Cachoeiro de Itapemirim para identificar bares que compraram os produtos falsificados e também outros envolvidos no esquema. Se condenado pelo crime de falsificação, o homem preso em flagrante poderá receber uma pena que varia entre quatro e oito anos de prisão. Já a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim informou que está realizando operações noturnas em locais que vendem o tipo de bebida apreendida, mas não identificou irregularidades em outros estabelecimentos até o momento. Sem casos de intoxicação por metanol no ES Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) informou que não há, até o momento, investigações em andamento sobre casos de intoxicação por metanol no Espírito Santo, semelhantes às notificadas em São Paulo. Entretanto, diante dos casos e do alerta nacional, reforçou a atenção sobre o tema e publicou três notas técnicas e um alerta direcionados às vigilâncias municipais, aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas e também aos profissionais de saúde. As notas orientam os profissionais de saúde quanto ao atendimento de casos de intoxicação exógena por metanol, trazem recomendações específicas para o manejo clínico e a notificação imediata de casos suspeitos e apresentam orientações sobre os cuidados na aquisição e comercialização de bebidas alcoólicas. Autoridades de saúde fazem alerta sobre o consumo de bebidas devido a casos de contaminação por metanol. Reprodução/ TV Globo Orientações em caso de suspeita A médica toxicologista do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox-ES), Rinara Angélica de Andrade Machado, apontou que as principais fontes para a intoxicação por metanol são: o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas; manipulação incorreta de solventes; combustíveis ou produtos químicos contendo metanol; e ingestão acidental por crianças ou adultos que o confundem com água ou outras bebidas. Já os principais sintomas da intoxicação pela substância são: náuseas, vômitos, dor abdominal; dor de cabeça intensa; tontura e fraqueza; alterações visuais como visão turva, perda da visão ou “manchas” na visão; respiração acelerada; convulsões e perda de consciência. “Em caso de suspeita de intoxicação, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo e, se possível, levar a embalagem ou amostra da substância ou bebida ingerida”, orientou a médica toxicologista. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo